Realização do objetivo da busca: será esse o futuro do rankeamento?
É hora de conversar sobre o novo fator de rankeamento do Google.
Na verdade, não é um fator oficialmente comunicado pelo Google. Ele foi proposto pelo Rand Fishkin, fundador da Moz e uma das maiores referências em SEO no mundo todo.
Ele propõe que todas as otimizações feitas pelo Google apontam em uma direção: a realização do objetivo da busca.
Você deve estar pensando: mais um fator de rankeamento para me preocupar? E agora?
Não se preocupe, vamos ajudar você com isso!
Já sabemos que se o Google tem uma preocupação, ela deve se tornar preocupação também para todo profissional de marketing — ou para qualquer pessoa que queira estabelecer uma boa estratégia de Marketing de Conteúdo.
Neste post, você vai entender o que é a realização do objetivo da busca e o que você precisa fazer para se adaptar e conquistar as melhores posições.
Primeiro: o que é a realização do objetivo da busca?
Quando o usuário faz uma busca, o que ele está procurando é uma resposta e/ou solução relacionada à palavra-chave digitada — ou seja, sua demanda.
O segredo aqui é: o usuário não está simplesmente buscando um termo e clicará nos resultados propostos para esse termo. Ele está, na verdade, em busca de uma solução para seus problemas.
E os resultados que solucionam o problema do usuário — sua busca — de forma rápida e eficiente são os que devem rankear em primeiro.
Isso mesmo, você leu certo: rankear em primeiro.
O Google está conseguindo, cada dia mais, ter um entendimento melhor do que realmente é uma tarefa que realiza o objetivo da busca. Isso é feito através de análises e algoritmos cada dia mais vastos e meticulosos.
E parece existir uma tendência crescente que o algoritmo parta do comportamento do usuário para estabelecer fatores de rankeameto.
Como o Google sempre está atrás da melhor experiência para o usuário, os resultados devem satisfazê-lo.
E como isso acontece?
Bom, existem três tipos de buscas: navegacional, transacional e informacional.
As buscas informacionais e transacionais expressam uma necessidade. Mas por trás dessa necessidade, existe muito mais.
Existe um usuário procurando uma informação, que quer alcançar um objetivo, descobrir as causas ou outras informações relacionadas àquela busca.
A partir dos resultados gerados na SERP, o resultado vai escolher um, clicar e avaliar se ele satisfaz ou não sua demanda.
No caso positivo, o usuário vai ter sua demanda solucionada e descobrir novas questões relacionadas ao seu problema inicial.
No caso negativo, ele não encontrará a resposta desejada, sairá da página e clicará em outro resultado da SERP ou até mesmo fará outra busca.
E é assim que o Google identifica se um resultado é bom ou não, o que, no fim das contas, é o que afeta o rankeamento de uma página.
Ou seja, o Google vai “recompensar” bons conteúdos — aqueles que ajudaram o usuário a resolver sua dúvida, apresentou novas demandas relevantes e ajudou a resolvê-las também — com um bom posicionamento.
Mas além disso, essa recompensa será para aqueles que fazem isso tudo sem pedir nada em troca.
E é isso que vamos explicar agora:
Qual a novidade desse novo fator de rankeamento?
De forma resumida: o conflito entre CRO X SEO.
Você provavelmente já conhece alguns fatores de rankeamento e como eles afetam o SEO e o tráfego de uma página.
Mas até agora, tudo parecia estar muito bem alinhado com os objetivos de conversão.
O que eu quero dizer com isso?
Bom, vamos supor que você digite um termo no Google e encontre uma landing page ou um conteúdo que, para ser lido, precisa que você compartilhe em social.
Mais ou menos assim:
Dá pra sentir a irritação?
Essa é uma forma de conseguir mais leads ou aumentar o alcance nas redes sociais.
Claro, usar landing pages ou querer compartilhamentos em social não tem nada de errado. De fato, essas são duas estratégias muito usadas em marketing e são importantes para a geração de leads.
Mas usar isso como recurso único ou permanente para melhorar seus resultados pode acabar tendo um efeito reverso.
Ter os links certos, as palavras-chave com alto volume de busca e os melhores texto âncoras para rankear esse tipo de conteúdo não é mais suficiente.
Agora, com esse novo fator de rankeamento, a realização do objetivo de busca deve acontecer previamente à solicitação de informações.
Ou seja, a resposta para o usuário deve ser a prioridade, sem pedir nada em troca por isso.
E as conversões?
Elas passam a ser consequência de uma relação construída de forma contínua e positiva entre o usuário e o seu blog.
Portanto, há uma escolha a ser feita:
A primeira opção é dar todas as informações, mas pedir algo em troca para isso.
A outra é dar as informações, encantar o usuário, investir em uma relação duradoura para que ele encontre suas respostas e, em algum momento, te dê as informações. Chamaremos isso de SEO duradouro.
E aí, o que você escolhe? Dica: eu apostaria na segunda.
Mas como realizar o objetivo da busca?
Tá, você leu tudo até agora e entendeu todas as boas intenções do Google a efetividade de basear os resultados na experiência do usuário.
Mas e como tornar os seus conteúdos aqueles que rankeiam primeiro?
Como realizar o objetivo do seu usuário?
Bom, vamos lá. São dois fatores principais:
1. Tenha um entendimento profundo do que leva um usuário à busca
O primeiro fator é essencial: o que os usuários estão buscando?
Quando digo isso, não estou simplesmente falando qual a palavra-chave digitada. Isso é fácil.
O difícil é entender o que eles realmente querem quando digitam aquela palavra-chave. Que informações eles querem encontrar?
Esse entendimento é fundamental para conseguir satisfazer o usuário e ajudá-lo a alcançar seu objetivo.
Para fazer isso, você pode:
fazer entrevistas e/ou conduzir pesquisas que mostrem tendências;
conversar diretamente com pessoas que têm esses problemas para obter respostas claras e poderosas;
analisar seus competidores para ver o que tem sido feito e o que ainda pode ser feito;
se colocar no lugar do usuário e entender suas dores.
2. O que deixa alguns usuários insatisfeitos?
Vamos fazer um exercício: procure algo que você quer saber no Google.
Agora, analise os primeiros resultados. Eles responderam suas dúvidas? Surgiram novas dúvidas? Elas foram respondidas?
Se você respondeu “não” para alguma dessas perguntas: o que falta nesses resultados para que eles respondam sua pesquisa?
Esse é o tipo de análise que você deve fazer para entender o que faz os usuários deixarem uma página insatisfeitos.
Para fazer isso, algumas estratégias podem ser aplicadas:
use o autocomplete e as buscas relacionadas: eles são ótimos recursos para entender o que os usuários estão buscando que complementa a palavra-chave principal. Assim, no seu conteúdo, você já pode resolver essas dúvidas também;
faça uma análise interna: identifique, dentro do seu blog ou site, quais os pontos de interesse do usuário, ou seja, os links e textos âncoras mais clicados em um conteúdo;
converse com leads que abandonaram o funil: tente compreender de forma holística o motivo pelo qual elas não continuaram a jornada, identifique pontos de melhoria e trabalhe nisso;
acompanhe os resultados da SERP: identifique quem está subindo e quem está caindo, e tente entender os motivos disso. Você conseguirá configurar padrões que mostram o que é positivo e o que é negativo para o Google.
Lembrando que essa teoria do Rand Fishkin já está sendo discutida internacionalmente e, apesar de não oficial, é uma observação muito sensata sobre o Google e o rankeamento.
Todas as atualizações do Google são focadas em apresentar o melhor resultado para o usuário. Nada demonstra melhor a qualidade de um conteúdo do que saber que ele resolveu a intenção de busca e gerou satisfação para o usuário.
O que você está fazendo para realizar o objetivo da busca da sua persona?
Conte sua experiência nos comentários!