BRANDING: O QUE É E COMO A DIVERSIDADE VEM SE TORNANDO IMPORTANTE PARA AS EMPRESAS?
As ações que as empresas tomavam para conquistar o público no passado, hoje são incapazes de fazê-las obter o mesmo sucesso.
Anos atrás, as ofertas que chegavam ao mercado levavam em consideração as características genéricas e universais dos consumidores, como idade, sexo, região onde vive e outras características universais.
Entretanto, com o passar do tempo, a expectativa do público aumentou e ele está cada vez mais atraído por ofertas com as quais se identifique, além de suas necessidades.
O posicionamento de uma marca busca diferenciá-la, fazendo com que ela se destaque em relação aos concorrentes e ganhe a preferência do público. As estratégias de branding, isto é, as ações de gestão de marca, estão relacionadas a como as pessoas enxergam ou percebem uma marca.
Essas estratégias direcionam o posicionamento, a identidade visual, o modo como a marca se comunica e os valores e concepções que ela transmite.
O consumidor não procura mais serviços ou produtos que apenas resolvam seu problema, agora ele enxerga muito além disso e dá preferência para empresas que estejam alinhadas com seus valores, crenças, interesses, hábitos e estilo de vida.
Essa característica fez com que as empresas repensassem o seu posicionamento e o modo como se relacionam com o cliente e as questões sociais.
A valorização da diferença entre as pessoas faz com que não sejamos definidos pela nossa religião, gênero, orientação sexual ou limitações físicas, mas sim por nossas habilidades, competências e atitudes.
As pessoas possuem histórias, ideias, estilos de vida diferentes e, juntas, tem-se um grande aliado no estímulo a uma comunicação mais ampla, à empatia e à inovação.
As pautas crescentes em relação à diversidade fizeram com que grupos que antes eram ignorados, hoje estejam em evidência. A luta em prol da pluralidade entre as pessoas, somado a mudança na postura do consumidor, fez com que muitas empresas redefinissem seus valores e reinventassem sua cultura organizacional, de modo que consigam se inserir a um novo ambiente de mercado.
A busca por ampliar a representatividade fez com que crescessem campanhas publicitárias com a presença de modelos negros, lésbicas ou trans, por exemplo.
Esses grupos não eram considerados na promoção das marcas e os comerciais não se distinguiam quanto a isso, exibindo em massa de personagens de pele branca, cis ou heterossexuais.
Hoje percebe-se uma mudança quanto a isso. Cada vez mais as empresas tem investido na diversificação dos rostos que associam a sua marca, incluindo diversidade de etnias, gêneros e sexualidades.
Essa transformação na sociedade também faz com que as empresas fiquem ligadas a acontecimentos que possam oferecer oportunidade para elas reafirmarem seus valores e seu posicionamento no mercado.
Em abril deste ano foi ordenado o fim da divulgação do comercial do Banco do Brasil que tratava de diversidade. A produção era direcionada ao público jovem e contava com pessoas variadas, incluindo negros, pessoas tatuadas, além de uma transexual.
O assunto repercutiu e falou-se muito sobre inclusão e pluralidade. Diante disso, a marca de fast-food Burger King publicou, em suas redes sociais, um anúncio que recrutava pessoas para participar de uma campanha publicitária.
A condição era que essas pessoas tivessem “participado de um comercial que tenha sido vetado e censurado”, em clara ironia a atitude dos responsáveis pela censura.
Essa atitude da marca reforçou os seus valores voltados a diversidade. A empresa enxergou um momento propício para validar a sua essência e deixou claro que está engajada com a pauta da representatividade em reflexo a uma sociedade cada vez mais plural.
Fonte: Marketing Junior USP
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